esses convertidos!

Pois. Esses convertidos. São todos fanáticos! Extremistas. Pensam que são os melhores muçulmanos do que os assim nascidos. Levam tudo demasiado a sério. Exageram tudo.

Sim, realmente há convertidos que pensam que o dever deles é andar pelo mundo com o indicador levantado a procurar erros nos outros. Esses não são os contemporâneos mais agradáveis.

Por outro lado: Pensem bem! Se alguém - por vontade própria, por reflectir, por ocupação séria com o tema, talvez por um aviso do destino - chega na conclusão que uma religião, seja a que for, é a verdade, e decide dar o passo difícil de converter - difícil sobre tudo no Islam onde uma pessoa acaba por ter o resto do mundo contra si, deixa de ser compreendido pela família e pelos amigos, deixa de ser levada à sério -, se a pesar disto tudo resolve abraçar o islam - então não será lógico que essa pessoa é uma daquelas que leva a fé e a prática bastante a sério? E ás vezes até é capaz de exagerar um pouco no princípio?

Imagina: É um pouco como se tivesses conseguido o teu emprego de sonho - inesperadamente e sem habilitações literárias necessárias. E agora fazes tudo, mas tudo, para recuperar os conhecimentos que te faltam e para trabalhar certo e bem, para que o chefe esteja satisfeito e possas ficar com o emprego....;)

PS: O português não é a minha língua materna. E não tenho tempo para otimizar as traduções. Peço desculpa e agradeço informações sobre eventuais erros ortográficos e/ou gramaticais.

ainda deves ou já queres?

Ontem publiquei esta fotografia no facebook.

Não fui eu quem inventei a frase - li uma assim parecida algures e achei-a - não, senti-a tão certa e verdadeira que tive de guardá-la (aproveitando da oportunidade para fazer qualquer coisa útil com uma das minhas fotos bonitas...). Aqui quero aprofundá-la um pouco - a ver se nos compreendem também alguns não-muçulmanos.

Sim, há qualquer coisa muito especial com a oração. Sem dúvida mentiria se não confessasse que às vezes me custa muito levantar-me antes do nascer do sol para o Fajr. Ou de sair dum trabalho ou dum divertimento para uma oração. Que há noites em que preferiria deitar-me logo, sem rezar Isha e Witr. Que infelizmente não sinto em cada oração aquela "doçura da fé" e nem sempre a proximidade de Deus. Até às vezes estou deprimida e triste por minha incapacidade de me concentrar como devia, por divagar, por fazer erros. Apesar de tudo isso procuro não perder nenhuma oração. Coisa suspeita para aqueles que continuam a pensar que levei uma "lavagem de cérebro" - já que é óbvio que dos que me "influenciaram" ninguem me controla. "É estúpido rezar só porque o tens de o fazer, porque está escrito nalgum livro".

Não, não é bem "ter de". É "querer". É exactamente o que diz a frase na fotografia: Quem tem a fé no coração, quer orar. E tão simples como isto: O "querer rezar" é mais forte do que o "querer dormir" ou o "querer trabalhar" ou o "querer divertir-se". Al hamdu-lillah.

Aliás - existem por aí outros "quereres" que se vão intensificando automaticamente a custo de desejos e cobiças anteriores....


NB: A oração é um dos cinco pilares do Islam e assim sempre um dever de cada muçulmano. Por isso: a todos que (ainda) não sintam esta vontade interior: continuem a rezar - mais cedo ou mais tarde a obrigação vai fazer lugar à vontade, inshaAllah.