Imaginem só, um apresentador de televisão, ou um vendedor
numa loja - ou os homens em geral num evento social, num baile por exemplo, ou
no cinema, imaginem então que esses homens se apresentassem em calções
apertadas, com camisas abertas até o umbigo ou shirts justinhas sem mangas, a
realçar six-packs eventualmente existentes – ou não.
Impensável, não é? Um homem assim perderia a sua
respeitabilidade, a sua dignidade, não é? Ninguém já o levava à sério, não se
ligava ao que ele dizia. Mas falava-se sobre o seu aspecto e o seu outfit. Por
exemplo: „Ai que gajo tão jeitosinho!“ Ou então: „Viste – essas banhas? Bem –
com esta figura era melhor ele vestir-se um pouco mais decente...“. Etc. etc.
Tal e qual como se bisbilhota sobre mulheres em minissaias com decotes
provocantes.
Impensável, não é? Então porque raios é que para nós
mulheres é tão normal apresentar-nos meio nuas? Porque é que nos degradamos a
nós próprios a mera decoração? Porque é que uma mulher em topo transparente e
supermini ou em vestido de cerimónia que tem tão pouco tecido que é quase
inexistente não se sente mal e humilhada ao lado do seu parceiro ou colega em
fato e gravata? E ainda por cima leva esta degradação imposta pela indústria de
moda (que consiste em maioria de homens!) como grande liberdade que tem de ser
defendida?
E porque é que se considera que aquelas mulheres que cobrem
os seus corpos - aliás como homens em fato - e que talvez, dando mais um
passinho, também o seu cabelo, que protejam desta maneira a sua alma e dignidade,
porque é que se considera que precisamente estas mulheres de se deixam
oprimir...?
Mundo ao contrário.
(Isto foi a tradução de um artigo no meu blog de língua alemã. O original está >>AQUI.
(Isto foi a tradução de um artigo no meu blog de língua alemã. O original está >>AQUI.