29/09/2011

preconceitos

Um comentário referente ao meu último Post  fez me refletir sobre o que são preconceitos na compreensão daquele que os tem. Os dicionários só explicam o termo em si – visto de „fora“.

Existem pessoas que admitem ter preconceitos? Isto é muito pouco provável. A explicação é simples: aquele que os tem não realiza que os tem. Ele está convencido de “saber” aquilo de que se trata. E por isso nem lhe vem a ideia de se informar de mente aberta
Ou será que estou enganada?

um bocado de tecido

Como não pára a polémica à volta deste bocado de tecido – até pelo contrário – comentar mais uma vez e tentar conseguir desta vez um pouco de compreensão para os não-muçulmanos.

Eles não sabem muito sobre o islão. Por isto não lhes entra na cabeça que uma mulher se cobra porque um livro de 1400 anos de idade o pede. A maior parte das pessoas estão simplesmente convencidos de que só existem 3 razões de utilizar o véu: ou a mulher é obrigada e pressionada pelo marido, pela família ou pela tradição, ou a mulher não sabe pensar (quer dizer, não é muito inteligente) ou é exageradamente religiosa (=fanática = fundamentalista?) e quer provocar.

Agora, queridas irmãs muçulmanas, tentem pôr-se nesta situação. Quer dizer, vocês não são muçulmanas e o que eu disse lá em cima é a vossa opinião. E vocês encontram-se por qualquer que seja a razão com uma muçulmana com hijab. O que é que acontece? Vocês não têm motivação de vos interessar para uma pessoa que na vossa opinião se deixa oprimir ou que é um pouco parvinha ou que vos quer provocar. Ainda muito menos estarão dispostos de vos deixar explicar qualquer coisa por esta pessoa. No pior dos casos esta mulher vos mete medo – no melhor dos casos, vocês têm compaixão com ela e querem ajudá-la a libertar-se….

Que pena....

Ah – e além disto, sejamos honestos, e não nos esqueçamos duma coisa: elas existem, as mulheres que só usam o véu porque são obrigadas pela familia, pelo marido ou pela tradição.

Infelizmente.

É preciso informação. E compreensão mútua.

02/09/2011

em casa


Agora, que vou encontrando o meu lugar nesta religião, que tirei os óculos cor de rosa e que já não me deixo intimidar nem por aqueles que gritam „haram“ nem por aqueles que interpretam o alcorão „à vontade do freguês“, e quanto menos pelos anti-islamicos,  agora que quem me rodeia embora não compreenda mas aceite a minha fé, respeite e até me ajude, agora estou a encontrar o meu sossego. Continuo um pouco sozinha, „estranha“ com a minha crença, pois só posso falar positivamente sobre o tema na internet. Apesar  disto, e mesmo que soe novamente esquisito para aqueles que relacionam o termo “islão“ com „cultura estranha“, a pesar disto: A sensação, que melhor resume o que eu sinto no islão a de ter 

...finalmente chegado em casa!